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A mostrar mensagens de junho, 2016

Ninguém aqui é puro anjo ou demônio

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É incrível imaginar que mesmo numerosos sobre a terra não há um só de nós que seja apenas o bom ou tão somente o ruim. E quando digo sobre ser bom ou ruim não estou dizendo apenas para os outros, mas também para nós. Nascemos assim misturados, com um pouco de cada lado. Somos como promessas que podem vir a ser, somos como enigmas a espera de um sinal, somos caminhantes em busca de uma razão. E muito de tudo que somos depende apenas de nós. Dentro de nossa natureza instintiva existem forças que lutam para sobreviver. Os antigos índios Cherokees costumavam contar que cada um de nós carrega dentro de si bons e maus lobos. Os bons dizem de nossas virtudes, belezas e de tudo de melhor que nos habita. Os maus lobos falam de nossos medos, de nossas fraquezas, de nossas neuroses, em suma representam o ruim que existe em nós. Para os índios essas duas forças não vivem de forma harmônica, pelo contrário, elas se digladiam dentro de nós e se alimentam do que lhes ofertamos diar

QUANDO ME AMEI DE VERDADE

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Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exacto. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome… Auto-estima .  Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.  Hoje sei que isso é… Autenticidade .  Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.  Hoje chamo isso de… Amadurecimento . Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.  Hoje sei que o nome disso é… Respeito . Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me puse

Para você, o meu próximo amor

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Essa carta é para você, o meu próximo amor. Durante muitas noites fiquei imaginando como você seria. O seu jeito, sorriso, gostos. Coisas bobas se comparadas ao mais importante que é amar. Mas não são superficialidades para mim. Nunca foram. Reconhecer você além do sentir é tão importante quanto. Saber dos teus trejeitos, do som da sua gargalhada, dos autores que gosta de ler, das músicas que te aquecem, dos filmes que te fizeram alimentar um novo olhar para o mundo. Tudo isso são potenciais descaminhos para o nosso querer. É disso que tratam os inteiros, a oportunidade de vivenciar essas experiências a dois. Tenho consciência da realidade. Não dá somente para imaginar as ditas qualidades, afinal, ninguém é perfeito. No entanto, defeitos não me assustam. Sei muito bem sobre não ser um poço de virtudes. Acordo de mau humor se for muito cedo, a minha alimentação não é das mais variadas e tenho pouca paciência para assuntos pequenos. Então não se sinta responsável ou menor por p

A culpa Não é do Mundo

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Tenho dificuldade em lidar com pessoas que se fazem de vítimas. Tenho preguiça de conviver com gente que não assume seus erros e aponta o dedo para o outro, atribuindo-lhe a culpa pela maioria de suas dificuldades e fracassos. Infelizmente tenho me deparado com gente assim. Gente com cheiro de naftalina que culpa o passado pelas dores do presente. Gente que não areja a casa, não abre as janelas e não perfuma o ar. A culpa não é do mundo. A culpa não é do outro. A culpa não é sua. Mas está em suas mãos transformar o que quer que esteja lhe incomodando. Está em suas mãos encontrar recursos que possam lhe tirar da tristeza, do desânimo, da depressão. Que você busque ajuda, vá ao médico, tome um medicamento. Que você ore, medite, entregue seus caminhos a Deus. Que você corra, pedale, nade. Que você aprenda uma língua nova ou vá cuidar de um jardim. Que você viaje ou prepare aquela receita afrodisíaca da internet. Mas que entenda que não pode apontar o dedo na cara de ninguém,

Escolha o seu Final Feliz

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Desde que participara da celebração das bodas de ouro dos pais, ela se emocionava com quase tudo. Qualquer gesto de gentileza, como um homem abrir a porta do carro para a esposa grávida, ou a mais corriqueira expressão de afeto, como um bilhete tão simples quanto o de “bom trabalho” que a chefe lhe deixara, era motivo para seus olhos lacrimejarem e sua voz ficar embargada. Tentava, sempre, controlar-se. Ele sabia que havia sido negligente com a ex-esposa, é incrível que as pessoas possam parecer tão comuns quando estão por perto. Oito anos se passaram e agora, bem agora, ela escrevera um livro. Não era sobre eles, não podia ser, mas ele se sentia como se fosse. Apaixonou-se de novo, dessa vez pelas letras. Quando a gente é jovem, acha que vai encontrar um número infinito de pessoas especiais. À medida que envelhecemos, descobrimos que elas existem em quantidade limitada. Sentada no canto direito do Lumio, seu café preferido em Buenos Aires, ela se perguntava se aceitar es